Em 2019 o Ministério do Meio Ambiente (MMA) iniciou a implementação do sistema de logística reversa de baterias automotivas de chumbo ácido. A medida faz parte de um acordo intersetorial firmado entre a Associação Brasileira de Baterias Automotivas e Industriais (Abrabat), a Associação Nacional dos Sincopeças do Brasil (Sincopeças-BR) e o Instituto Brasileiro de Energia Reciclável (Iber).

No Brasil há um veículo automotivo para cada cinco habitantes, segundo o IBGE, com esse dado pode-se ter uma ideia de quantas baterias de chumbo ácido são descartadas ao longo dos anos. A bateria automotiva é fabricada basicamente com chumbo, solução ácida e polímeros. O chumbo é utilizado como principal substância na fabricação industrial porque possui, entre outras vantagens, baixo ponto de fusão e alta resistência à corrosão. O problema é que se por um lado ele é perfeito para o produto, por outro é prejudicial para o meio ambiente se descartado de maneira incorreta. Metais pesados contaminam solo, lençóis freáticos e até mesmo fauna e flora.

Segundo a Abrabat, o setor de baterias de chumbo ácido gera anualmente cerca de 300 mil toneladas de itens que ficam sem uso.

 

 

 

“O acordo de baterias de chumbo ácido vai permitir que, ao final de quatro anos de implementação, o sistema consiga recolher 16 milhões de baterias todos os anos, o que representa 155 mil toneladas de chumbo reciclados”, ressalta o secretário de Qualidade Ambiental do MMA, André França.

Em janeiro deste ano o IBER apresentou o planejamento para 2020 e reforçou a parceria com a maioria dos estados e o Distrito Federal. O objetivo é que o setor possa uniformizar as obrigações de fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes varejistas. Tudo para que o sistema seja implantado de maneira mais célere e benéfica ao meio ambiente.

A reciclagem da bateria automotiva de chumbo ácido recupera,além do chumbo, outras matérias primas que voltam à cadeia produtiva ao invés de pararem em um aterro sanitário, como é o caso do plástico e do ácido sulfúrico.

É importante lembrar que o consumidor também faz parte deste ciclo, uma vez que ele deve voluntariamente entregar as baterias nos pontos de coleta. A iniciativa tem abrangência nacional e já prevê participação acima de 60% em todas as regiões do Brasil.

By | 2021-01-15T14:09:17+00:00 maio 9th, 2020|Notícias|