As imagens do desastre ocorrido na região serrana no Rio de Janeiro neste início de ano, por deslizamentos de encosta, falam por si só no sentido de justificar a implantação de medidas de prevenção de desastres naturais. Soma-se a isso a lembrança do caos vivido em SC, especialmente na região da grande Florianópolis e vale do Itajaí pelas chuvas contínuas e intensas de 2008 e 2010. Estas chuvas causaram calamidades e fizeram centenas de vítimas, com milhões em prejuízos materiais. Deslizamentos de encostas são processos naturais, que resultam da combinação de chuvas intensas sobre terrenos de alta declividade. Este é o processo natural. É assim que a natureza se comporta, e vai continuar desta maneira. Se o homem agrava e acelera este processo por ocupações desordenadas, cortes no terreno, desmatamentos e etc, as conseqüências serão mais rápidas e intensas. O aumento da população e a crescente urbanização fazem com que cada vez mais áreas impróprias, sejam ocupadas. Estas áreas são de risco e teriam que ser mantidas inabitadas, como áreas de preservação. Como, cada vez mais são ocupadas, há um aumento no risco de ocorrência de tragédias nos períodos de chuva. É preciso agir na prevenção. É urgente. Neste sentido, torna-se fundamental a existência de um sistema de prevenção e alerta para que a população residente das áreas de risco e entorno possa evacuar estas áreas em tempo hábil, assim como disponibilizar a população de informações sobre o clima e estabilidade das encostas das áreas de risco. A Geoenvi está desenvolvendo, em parceria com a empresa INTERFELS da Alemanha, um Sistema de Monitoramento Para Desastres Naturais Ocasionados por Escorregamentos de Solo, o qual deverá envolver a coleta de informações sobre o clima e o meio físico das áreas de risco, permitindo a evacuação da população em tempo de evitar tragédias.

By | 2017-01-30T17:34:13+00:00 janeiro 23rd, 2011|Notícias|