De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) o déficit de chuva no estado chega a 500 milímetros entre junho de 2019 a abril de 2020. Isto representa 1/3 da chuva prevista para o período e é a pior situação já registrada desde 2006.
Segundo um levantamento realizado pela Federação Catarinense de Municípios (Fecam) são 46 os municípios em situação de emergência, em decorrência da estiagem.
O período de seca afeta o abastecimento urbano, fornecimento de água para os animais e a produção agrícola, principalmente as lavouras de milho, feijão e soja, que já tiveram quebra em suas safras. Produtores de tomate, cebola e batata também vem relatando perdas na qualidade da produção. Estima-se também que, em março, a produção de leite tenha sido reduzida em até 6%.
A pouca quantidade de chuvas influência no nível de água dos lençóis freáticos, que impactam diretamente na manutenção dos rios. Dados apurados até o dia 22 de abril apontavam para 25 estações hidrológicas em situação de estiagem, sendo 12 em estado de emergência.
Com dados tão críticos a Fecam enviou ao governador Carlos Moisés (PSL) o pedido de um decreto de situação de emergência, ainda sem resposta.
A previsão climática para os meses de maio e junho não é otimista para os setores produtivos, a tendência é de que os próximos meses sigam com estiagem.
Fontes:
G1 SC
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri)